Objetivo do exame:
Avaliar o funcionamento do labirinto e das áreas neurológicas relacionadas.
Como é feito:
O paciente é colocado em uma cadeira reclinável que pode fazer movimentos rotatórios e pendulares com eletrodos (fios condutores da energia elétrica causada pelos movimentos oculares para o equipamento analisador) presos com fita adesiva na pele próxima aos olhos. São produzidos vários tipos de movimentos oculares com estímulos visuais e labirínticos.
Requisitos para fazer o exame:
Paciente deve permanecer sentando, quieto e executar movimentos oculares quando solicitado. Não deve usar medicação depressora do labirinto, quando possível. Recomenda-se uma alimentação leve antes do exame, mas o jejum é desnecessário.
Comentário:
Esta avaliação vestibular (palavra derivada de vestíbulo, que é uma parte do labirinto, e que, neste caso, se refere a todas as estruturas relacionadas com o equilíbrio e que dependem do labirinto para funcionarem) e oculo-motora (pois as funções labirínticas são analisadas pelos movimentos oculares que provocam) tem por finalidade determinar qual o distúrbio funcional que está provocando tonturas acompanhadas de desequilíbrio e frequentemente de náuseas até vômitos.
Saber se o problema está no labirinto ou nas vias vestibulares neurológicas tem imensas repercussões na hora do tratamento.
O exame permite acompanhar a evolução do problema e muitas vezes tirar o rótulo de “labirintite” que muitas pessoas têm sem nunca ter tido um problema real do labirinto.
Ao contrário do que muita gente pensa o exame pode e deve ser feito o mais próximo possível de uma crise aguda de vertigem e até mesmo durante a crise aguda. A tontura que o paciente á está sentindo não vai ser agravada pelo exame e ele é muito mais decisivo e orientar condutas terapêuticas quando feitos fora da crise. O uso de medicamentos durante a avaliação do caso agudo não deve ser interrompida e não impede que o exame seja feito.
O diagnóstico preciso da disfunção labiríntica pode levar a um tratamento curativo, sem uso de medicamentos, das vertigens em 20 % das pessoas com menos de 50 anos de idade e em 40% dos que tem idade maior.
Muitas vezes o problema labiríntico é acompanhado de disfunções nítidas ou subclínicas da audição além disfunções nos pares cranianos adjacentes ao VIII por isso uma avaliação completa deve incluir a audiometria tonal e vocal, a imitanciometria e a videonistagmoscopia além da Vectoeletronistagmografia.