5 dicas para eliminar o mau hálito

5 dicas para eliminar o mau hálito

Ninguém está a salvo de ter mau hálito em algum momento da vida, mas há pessoas que sofrem diariamente com este problema. Cercada de mitos e preconceitos, a halitose, também conhecida como mau hálito, atinge mais de 30% dos brasileiros, dados são da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas de Odores da Boca (ABPO), que na maior parte dos casos não percebem que têm o problema. Halitose não é doença, mas um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio e é preciso identificar a origem para fazer o tratamento adequado.

Há mais de 50 causas para a halitose, das quais 90% têm origem na própria boca. Como higiene malfeita, placas bacterianas, baixa produção de saliva e doenças da gengiva. As moléstias do aparelho digestivo também podem provocá-lo, porém com incidência bem menor, ao contrário do que boa parte da população imagina”, explica o estomatologista e cirurgião dentista Wagner Chagas da equipe médica da Clínica Cláudio Coelho.

O fato de o portador não perceber e de as pessoas que convivem com ele preferirem não se indispor ao alertá-lo, acaba sendo um entrave para o tratamento. “É importante superar o constrangimento e conscientizar quem tem halitose para a necessidade de buscar ajuda”, diz o estomatologista.

Dicas para amenizar o problema – • Evite jejum prolongado, fracionando as refeições de três em 3 horas. Essas pequenas refeições devem conter, de preferência, algum tipo de carboidrato e fibra. Assim, as reservas de carboidratos estarão sendo supridas evitando a manifestação de halitose causada pela queima de gordura, devido à queda dos níveis de glicose. Já as fibras, além de forçarem a mastigação, estimulam mecanicamente o funcionamento das glândulas salivares e favorecem o bom funcionamento intestinal; • Beba bastante água; • Faça bochechos com produtos anti-sépticos ao levantar e pelo menos uma hora antes de algum contato mais próximo.

• Faça exercícios de relaxamento para baixar o nível de ansiedade; • Não fique com a boca fechada por muito tempo. Movimentos repetitivos da mandíbula estimulam a produção de saliva.

Há solução para 99% dos casos – Segundo o especialista, há solução para 99% dos casos de mau hálito, mas é fundamental descobrir a causa do problema. “Um  otorrinolaringologista pode ajudar no diagnóstico. Entre os problemas gastrointestinais que causam mau hálito um dos mais comuns é a Doença do Refluxo Gastroesofágico, sobretudo quando outros sintomas se manifestam paralelamente, como azia, arrotos, soluços, engasgos, dor atrás do osso esterno, sensação de corpo estranho na garganta ou de retorno de líquido azedo à boca, pigarro, rouquidão, tosse e aftas”, informa o Chagas.

Doenças do fígado, deficiência de vitamina A e D, diabetes, intestino preso e estresse também podem causar halitose. Entre os fatores bucais, a causa mais comum é a higiene oral inadequada e conseqüente formação da saburra lingual e placas dentárias. Há também halitose matinal, as causadas por fome, regime, tabagismo ou alimentos de odor carregado.

Problema aumenta com a idade – A incidência do mau hálito na população brasileira é de 17% na faixa etária de zero a 12 anos, 41% de 12 a 65 anos, e 71% acima de 65 anos, devido à redução da função das glândulas salivares.

Halitose matinal – Geralmente intensa, fisiológica e generalizada, pode ocorrer em quase todas as pessoas em maior ou menor grau. Durante o sono há redução do fluxo salivar, acúmulo e putrefação de células descamadas, alimento e saliva, além de leve hipoglicemia (cai o nível de glicose sanguínea) devido ao longo período sem alimentação. O comer e escovar os dentes pela manhã remove a halitose, mas se algum odor permanecer após a quebra do jejum matinal, merece cuidados especiais quanto ao diagnóstico, tratamento e controle.

Halitose por língua saburrosa – Formação de material branco ou amarelado, que se deposita no dorso da língua. A saliva exerce papel importante na halitose, já que atua como um detergente natural da cavidade bucal. A redução de fluxo salivar favorece a maior formação de saburra lingual. Halitose por diabetes: Nos pacientes diabéticos, por dificuldade em metabolizar a glicose sangüínea, há formação de corpos cetônicos eliminados via pulmonar, da mesma forma que na halitose por regime.

Halitose por alimentos de odor carregado – Alguns alimentos possuem fortes odores próprios (alho, cebola), que passam à corrente sangüínea e são excretados. Já as bebidas alcoólicas em excesso apresentam dois agravantes: ressecam a mucosa bucal, aumentando a descamação, e provocam alteração da microbiota intestinal com fermentação odorífera capaz de produzir mau hálito.

Halitose do tabagismo – Os fumantes têm o odor exacerbado devido ao cheiro do tabaco utilizado e, além disso, a fumaça agride a mucosa favorecendo a sua descamação e reduzindo o fluxo salivar, propiciando a formação da saburra lingual.

Halitose do estresse – O controle do fluxo salivar está na dependência do equilíbrio do sistema nervoso central. Nos pacientes estressados poderá haver uma redução do fluxo salivar em diferentes graus, com possível formação de saburra lingual.

Confira 5 dicas para eliminar o mau hálito pelo especialista Wagner Chagas (estomatologista e cirurgião dentista)

1º passo

Use o fio dental para retirar os resíduos que ajudam a formar a placa bacteriana que ficaram presos entre os dentes e a gengiva. Enrole aproximadamente 40 centímetros do fio ao redor de cada dedo médio, deixando uns dez centímetros entre os dedos. Segurando o fio dental entre o polegar e indicador das duas mãos, deslize-o levemente para cima e para baixo. Passe cuidadosamente o fio ao redor da base de cada dente, ultrapassando a linha de junção do dente com a gengiva. Nunca force o fio contra a gengiva, pois ele pode cortar ou machucar o tecido gengival. Utilize uma parte nova do pedaço de fio dental para cada dente a ser limpo.

2º passo

Use o equivalente a um caroço de feijão de creme dental. Segure a escova em um ângulo de 45 graus e escove bem os dentes por, no mínimo, dois minutos. Faça movimentos circulares, suaves e curtos que vão da gengiva à ponta dos dentes. Depois escove a face voltada para a bochecha e a face interna dos dentes. E por fim, passe a escova na superfície do dente usada para mastigar.

3º passo

Utilize um limpador lingual para retirar a saburra lingual. Inicie a limpeza na parte direita da língua, coloque o raspador no fundo e arraste a massa de células, bactérias e muco até a ponta. Repita esse movimento por 20 vezes, de forma delicada para não causar traumas nas papilas ovaladas que existem para proteger essa região do organismo. Repita o mesmo procedimento no lado esquerdo e depois no centro da língua, mas cuidado, é na região central que ficam as papilas mais altas e delicadas.

4º passo

Use um enxaguante bucal a base de Dióxido de Cloro. Nesse caso, separe uma dose de 10 mililitros, coloque na boca e faça vários bochechos e gargarejos para que seja feita a limpeza da língua e da garganta. O gargarejo descola possíveis cáseos amigdalianos (formação esbranquiçada e de forte odor que se forma em cavidades da amígdala). Faça os bochechos e gargarejos por um minuto e depois elimine o produto. Os enxaguantes protegem a boca e previnem o mau hálito por várias horas. Por isso recomenda-se o uso do enxaguante duas vezes ao dia após a limpeza da língua. É sempre importante lembrar que o uso deve ser recomendado pelo dentista.

5º passo

Escove os dentes, no mínimo, três vezes ao dia – após as refeições e antes de dormir.

Não tenha vergonha de procurar um profissional. Ele saberá o que fazer!

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